quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Postado pelo site Bolsa de Mulher

A etiqueta do sexo casual

por Redação | 26/08/2009

Tomo café da manhã ou vou embora? Será que pega mal tomar um banho?

Quando a coisa esquenta, as dúvidas são sempre as mesmas. Na minha casa ou na sua? Dividir a conta do motel ou deixar que ele pague? No dia seguinte, então, a situação complica ainda mais. Tomo café da manhã ou vou embora? Será que pega mal tomar um banho? Mesmo que ele diga para ficar, não é melhor cair fora? Sexo casual pode ser gostoso, mas as regras dão um verdadeiro nó na nossa cabeça.

Mundo pequeno...


Desfrutar dos prazeres anônimos que a vida nos reserva requer jogo de cintura e bons modos. Ainda que você não esteja interessada em nada além daquela noite, educação é fundamental. Afinal, é um momento de grande intimidade - mesmo com um mero desconhecido. Vai que você descobre que o amante da noite passada trabalha na sua empresa? O mundo é pequeno e algumas regras valem sempre, seja no carro, no banheiro da boate ou no motel.


O publicitário Carlos Magalhães, 31 anos, viveu uma dessas coincidências. Mas a constrangida foi a mulher. "Numa boate, eu já vendo tudo dobrado, convidei uma mulher mais chapada do que eu à minha casa. Bastou deitar na cama para apagarmos. Não havia a menor condição de rolar nada. Quando acordei, preparei café da manhã, coloquei música, tudo pra curar a ressaca. Quando começamos a conversar, descobrimos que eu havia estudado com o irmão dela, e já nos conhecíamos. Pra mim, a situação foi engraçada, mas para ela, um vexame. Ficou sem graça, envergonhada, pediu um táxi. Nunca mais a vi. Nem o telefone atende mais", conta Carlos.

“Ir embora sem dar tchau, jamais. Se acordar antes, espere um pouco e acorde-o com a finalidade de se despedir”


Há quem não se incomode com a reputação. Adepta confessa do sexo casual, Karla Reis*, 25 anos, deixou toda a cartilha de bons modos de lado em uma situação pra lá de constrangedora. "Conheci um holandês num bar. O clima foi rolando, tomamos muitos drinks e, quando percebi, estava chegando com ele na minha casa. Estava tão bêbada que "esqueci" que morava com meus pais. A noite foi ótima, mas na manhã seguinte tinha que levantar supercedo para trabalhar. Foi aí que me toquei de que precisava bolar um plano de fuga para o coitado", recorda.

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Karla conta que, sem opção, trancou o holandês no quarto. "Precisava tomar banho e me arrumar, não tinha jeito. Imagine se minha mãe entrasse ali? Seria constrangedor! Mandei o gringo ficar quieto e deixei-o escondido até a hora de sair de casa. Depois dessa, foi bye-bye e até nunca mais!", lembra. "Ele não deve ter entendido nada. Saiu de lá me achando uma maluca, nem me importei. Foi horrível, mas sabia que nunca mais iria olhar na cara dele mesmo", assume.

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Siga essas dicas

A professora de artes sensuais Stella Alves não aprova a atitude. "Convidou para a sua casa e precisa sair cedo no dia seguinte? Deixe claro desde o início o horário em que terão que acordar para sair. Assim você evita o constrangimento de expulsá-lo", recomenda. Da mesma forma, se estiver na casa dele, a boa educação continua valendo. "Ir embora sem dar tchau, jamais. Se acordar antes, espere um pouco e acorde-o com a finalidade de se despedir. Se vier um convite para o café, ótimo. Se não, o melhor é dar uns beijinhos e partir. Tudo vai depender de como rolou o clima à noite”, avalia.

Para a hora da volta pra casa, Stella Alves aconselha: "O melhor é não esperar pela oferta de carona e pegar um táxi. Se ele insistir em te levar em casa, não há problema em aceitar", garante Stella. Simples assim.

O escritor Eduardo de Araújo*, 30 anos, aposta no cavalheirismo. "Educação nunca fez mal a ninguém. Nada como uma boa noite ao lado de uma pessoa, mesmo que seja a primeira vez. Pagar um drink na balada, para demonstrar interesse, não derruba o bolso nem o respeito", acredita.

Eduardo não vê problema algum em levar a eleita para casa. "De repente nem dá tempo de chegar no motel, vai no banheiro da boate ou dentro do carro, vá saber. Mas se vai rolar uma virada na noite, por que não levar pra casa? Pelo papo se percebe se dá para confiar e oferecer a segurança do nosso lar a uma estranha. Se tudo indica que vamos acabar na cama... Tudo bem que, provavelmente, vai ser uma vez só, mas não é por isso que vou deixar uma má impressão”, jura. Ah, se todos pensassem assim.


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Sexualidade nas fases da vida

por Mariana Maldonado | 30/08/2009

Sexo e sexualidade não são sinônimos. Entenda.



Quem nunca ouviu falar a frase "A sexualidade não tem idade"? Para alguns, essa afirmativa pode parecer estranha, mas é a mais pura verdade. Antes que você comecem a achar que eu não estou no meu juízo perfeito, é importante esclarecer uma questão básica: sexo e sexualidade não são sinônimos.

Sexo está ligado às características biológicas e anatômicas que nos identificam como pertencentes ao sexo masculino e ao feminino. É muito usado para se referir ao ato sexual: "fazer sexo". Mas a atitude da pessoa nessa relação, o seu comportamento, desejos, fantasias são manifestações da sexualidade. Por aí você já pode ter uma idéia da grandeza que é o universo da sexualidade: ela não está restrita ao ato sexual. A sexualidade está presente e pode ser expressa através dos nossos gestos, pensamentos, palavras, atos de afeto e carinho, a forma como nos relacionamos com o outro, a descoberta do corpo e do prazer que ele proporciona. Isso sim é a sexualidade!

Dentro dessa visão, fica mais fácil compreender o que eu dizia lá atrás: a sexualidade não tem idade. Sim, ela está presente em todas as fases da vida, desde a infância até a idade madura. Nascemos e morremos como seres sexuais, capazes de viver e exercer nossa sexualidade ao longo de toda a existência.

Assim como vivemos e sentimos as mudanças no nosso corpo e mente nas diferentes fases da vida - infância, adolescência, idade adulta e idade madura - com a sexualidade não poderia ser diferente. Em cada fase, ela se expressa de forma diferenciada.

“Há muito que os vovôs deixaram o baralho de lado e as vovós as agulhas de crochê para ir em busca da felicidade e da sexualidade saudável”

As crianças descobrem bem cedo que o toque nos genitais pode trazer uma sensação de prazer e isso faz parte do desenvolvimento de uma criança saudável, assim como engatinhar, falar e andar. Isso pode ser desconcertante para alguns pais e mães, mas é importante que nessa hora os pais expliquem que entendem que isso é bom, mas que deve ser feito na intimidade, ensinando a criança a ter noção de privacidade.

Chega a adolescência e os hormônios entram em ebulição: é a fase das descobertas, da experimentação, onde tudo tem que ser para ontem. O corpo muda bastante, as idéias também e o interesse sexual começa a despertar. Nessa fase é muito importante o apoio das pessoas mais próximas para ajudar o adolescente a desenvolver a noção de responsabilidade sobre os seus atos e sobre o seu corpo. Sexo é bom, mas tem seus riscos e não se pode ignorá-los.

Chega a idade adulta e aumentam as responsabilidades: filhos, família, trabalho. Tanta coisa para conciliar com a vida sexual que às vezes nem sobra espaço para aquele momento a dois tão bom. Vocês nem imaginam o quanto é importante preservar esse espaço.

A vida passa e chegamos à idade madura. Para muitas mulheres, a chegada da menopausa é igual a "morte sexual". "Afinal, gente velha não transa", é o que mais se ouve por aí. Verdade? Não mesmo! Há muito que os vovôs deixaram o baralho de lado e as vovós as agulhas de crochê para ir em busca da felicidade e da sexualidade saudável. Gente, para o amor não há limites nem idade. A sexualidade faz parte da nossa vida e só termina quando ela acaba.