Sexualidade nas fases da vida
por Mariana Maldonado | 30/08/2009Sexo e sexualidade não são sinônimos. Entenda.
Quem nunca ouviu falar a frase "A sexualidade não tem idade"? Para alguns, essa afirmativa pode parecer estranha, mas é a mais pura verdade. Antes que você comecem a achar que eu não estou no meu juízo perfeito, é importante esclarecer uma questão básica: sexo e sexualidade não são sinônimos.
Sexo está ligado às características biológicas e anatômicas que nos identificam como pertencentes ao sexo masculino e ao feminino. É muito usado para se referir ao ato sexual: "fazer sexo". Mas a atitude da pessoa nessa relação, o seu comportamento, desejos, fantasias são manifestações da sexualidade. Por aí você já pode ter uma idéia da grandeza que é o universo da sexualidade: ela não está restrita ao ato sexual. A sexualidade está presente e pode ser expressa através dos nossos gestos, pensamentos, palavras, atos de afeto e carinho, a forma como nos relacionamos com o outro, a descoberta do corpo e do prazer que ele proporciona. Isso sim é a sexualidade!
Dentro dessa visão, fica mais fácil compreender o que eu dizia lá atrás: a sexualidade não tem idade. Sim, ela está presente em todas as fases da vida, desde a infância até a idade madura. Nascemos e morremos como seres sexuais, capazes de viver e exercer nossa sexualidade ao longo de toda a existência.
Assim como vivemos e sentimos as mudanças no nosso corpo e mente nas diferentes fases da vida - infância, adolescência, idade adulta e idade madura - com a sexualidade não poderia ser diferente. Em cada fase, ela se expressa de forma diferenciada.
As crianças descobrem bem cedo que o toque nos genitais pode trazer uma sensação de prazer e isso faz parte do desenvolvimento de uma criança saudável, assim como engatinhar, falar e andar. Isso pode ser desconcertante para alguns pais e mães, mas é importante que nessa hora os pais expliquem que entendem que isso é bom, mas que deve ser feito na intimidade, ensinando a criança a ter noção de privacidade.
Chega a adolescência e os hormônios entram em ebulição: é a fase das descobertas, da experimentação, onde tudo tem que ser para ontem. O corpo muda bastante, as idéias também e o interesse sexual começa a despertar. Nessa fase é muito importante o apoio das pessoas mais próximas para ajudar o adolescente a desenvolver a noção de responsabilidade sobre os seus atos e sobre o seu corpo. Sexo é bom, mas tem seus riscos e não se pode ignorá-los.
Chega a idade adulta e aumentam as responsabilidades: filhos, família, trabalho. Tanta coisa para conciliar com a vida sexual que às vezes nem sobra espaço para aquele momento a dois tão bom. Vocês nem imaginam o quanto é importante preservar esse espaço.
A vida passa e chegamos à idade madura. Para muitas mulheres, a chegada da menopausa é igual a "morte sexual". "Afinal, gente velha não transa", é o que mais se ouve por aí. Verdade? Não mesmo! Há muito que os vovôs deixaram o baralho de lado e as vovós as agulhas de crochê para ir em busca da felicidade e da sexualidade saudável. Gente, para o amor não há limites nem idade. A sexualidade faz parte da nossa vida e só termina quando ela acaba.
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